Quatro pessoas foram presas na manhã desta 3ª feira (27.maio.25) durante a 2ª fase da Operação Grilagem de Papel, deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), da Unidade de Combate aos Crimes Digitais (UICC) e da 1ª Promotoria de Justiça de Coxim. A ação, com apoio policial, mira um esquema de fraude na regularização fundiária urbana da cidade.
Entre os presos estão Rodrigo Ferreira Lima, ex-gerente de Tributos e Receitas da Prefeitura de Coxim — já investigado na primeira fase da operação, em novembro de 2024 —, e um escrivão da Polícia Civil, além de outros dois servidores municipais afastados de suas funções por determinação judicial.
Além das prisões preventivas, a operação cumpriu nove mandados de busca e apreensão e quatro medidas cautelares. Três servidores públicos também foram oficialmente afastados dos cargos por suspeita de participação nos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com o MPMS, o grupo é acusado de fraudar certidões de regularização fundiária de terrenos urbanos desocupados, mas com propriedade definida, burlando os trâmites legais exigidos por lei. Com os documentos falsos, os terrenos eram registrados em nome dos próprios investigados, de parentes ou de terceiros que pagavam propina para se beneficiar do esquema.
Celulares e documentos ligados à Reurb (Programa Municipal de Reurbanização) e à transmissão de imóveis foram apreendidos durante as diligências. As investigações continuam para apurar a extensão das fraudes e o envolvimento de outros agentes públicos ou particulares.
O nome da operação faz referência ao uso de documentação falsa para apropriação de terrenos urbanos — a chamada “grilagem de papel”.