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Mulheres protagonizam projetos de matématica unindo arte e tecnologia

Onze professoras foram aprovadas no edital 'Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental'

Publicada em 08/03/2025 às 12:35h | msnoticias.com.br/  | 163 visualizações

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Mulheres protagonizam projetos de matématica unindo arte e tecnologia
 (Foto: msnoticias.com.br/)


O protagonismo feminino tem se destacado em um edital de matemática promovido pelo Itaú Social.

Os projetos selecionados receberam até R$ 80 mil para realizar iniciativas inovadoras que combinam, de forma criativa, tecnologia, dança, arte e outros elementos, com o objetivo de tornar a matemática mais envolvente para os estudantes.

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Itaú Social sublinha a liderança feminina na educação.

De 18 propostas selecionadas pelo edital “Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental”, 11 são coordenadas por professoras. A iniciativa tem como objetivo apoiar projetos que fortaleçam o ensino da matemática nas escolas públicas, com um apoio de até R$ 80 mil.

O protagonismo feminino no edital é ainda mais relevante diante dos desafios relacionados à equidade de gênero em áreas como a matemática.

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2022 apontam que os meninos têm um desempenho superior em matemática, com uma diferença de oito pontos em relação às meninas. Além disso, a proporção de estudantes com baixo desempenho na disciplina é maior entre as meninas (76%) do que entre os meninos (71%).

Essa desigualdade também se reflete no mercado de trabalho, onde as mulheres ocupam apenas 31% das posições vinculadas à matemática, enquanto os homens ocupam 69%.

De acordo com a pesquisa “Contribuição dos Trabalhos Intensivos em Matemática para a Economia Brasileira”, do Itaú Social, essas funções oferecem salários 119% superiores à média de outros setores.

Sonia Dias, gerente de Desenvolvimento e Soluções do Itaú Social, observa que, embora os meninos se destaquem na matemática devido a estímulos mais intensos desde a infância, o edital proporciona uma oportunidade de aumentar a presença feminina na área. Ela acredita que o protagonismo feminino nesses projetos pode ajudar a aumentar a confiança das alunas e inspirá-las a considerar carreiras na área.

O edital foi realizado pelo Itaú Social, em parceria com a Secretaria de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), e recebeu 1.392 inscrições de todo o Brasil. As propostas foram distribuídas em duas categorias:

  • Reconhecimento: voltada para práticas já consolidadas, com prêmios de até R$ 10 mil.
  • Fomento: destinada a projetos em fase de planejamento, com apoio de até R$ 80 mil.

LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA MÓVEL E VIRTUAL

Professora Bruna de Sousa Oliveira  Brasília (DF)Professora Bruna de Sousa Oliveira – Brasília (DF)

A professora Bruna de Sousa Oliveira criou o Laboratório de Matemática Móvel e Virtual com o objetivo de aproximar os conceitos matemáticos da realidade dos estudantes, que muitas vezes os consideram distantes. Com recursos interativos, como jogos didáticos e modelos geométricos em 3D, o projeto visa tornar o aprendizado mais envolvente e acessível. Além disso, oferece um laboratório virtual com materiais em PDF, permitindo que outros professores possam replicar a iniciativa em diferentes contextos.

Bruna explica que, em muitas escolas, a falta de recursos pedagógicos e tecnológicos é um grande desafio. Com o laboratório, ela procura superar essas barreiras e envolver os alunos de forma mais significativa. “Quando eles interagem com esses materiais, percebo que se sentem mais engajados e curiosos”, diz a professora.

MATEMÁTICA E MOVIMENTO CORPORAL

Professora Márcia Viana  Petrópolis (RJ)Professora Márcia Viana – Petrópolis (RJ)

Em 2018, a professora Márcia Viana desenvolveu uma atividade inovadora que, atualmente, está transformando o ensino da matemática na Escola Municipal Bataillard. A ideia surgiu da vontade de diversificar suas aulas de matemática e, com isso, ela criou um projeto sobre transformações geométricas, inicialmente voltado para o 6º ano e posteriormente adaptado para o 8º ano.

Em 2024, o projeto ganhou novos contornos ao ser selecionado pelo Itaú Social, em parceria com a Secretaria de Educação Básica do MEC. O projeto estabelece uma conexão entre as transformações geométricas no plano cartesiano e a dança, um movimento que possui simetria. “A geometria ajuda na disposição de dançarinos profissionais, e isso já era uma prática conhecida por grandes nomes da dança”, explica Márcia.

Os alunos foram desafiados a criar suas próprias coreografias, utilizando os conhecimentos adquiridos ao longo do bimestre. “Nunca os vi tão envolvidos. Embora as populares dancinhas do TikTok chamem a atenção dos jovens, o projeto se destaca por seu caráter colaborativo, onde cada estudante tem um papel fundamental. Foi algo que valeu muito a pena”, destaca Márcia.

Para ela, essa abordagem não só estimula o aprendizado da matemática de forma lúdica, mas também promove o engajamento dos alunos em um ambiente colaborativo. O desafio se torna o protagonista das atividades matemáticas, demonstrando que é possível unir criatividade e aprendizado em sala de aula.

MAPAS MENTAIS COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

Professora Liliane Rezende Anastácio – Contagem (MG)

A professora Liliane Rezende Anastácio criou o projeto “Aprendizagem Ativa em Matemática: Mapas Mentais como Forma de Registro Próprio dos Estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental” com o objetivo de ajudar seus alunos a organizar melhor o conhecimento matemático. Ela percebeu que muitos estudantes enfrentavam dificuldades não apenas com os conteúdos, mas também com a forma de organizar as informações, o que dificultava a compreensão e a revisão do que haviam aprendido.

“O primeiro desafio foi romper com a resistência inicial de alguns alunos, que estavam acostumados com métodos tradicionais de ensino. Para isso, utilizei materiais simples, como lápis e papel, garantindo a inclusão de todos”, explica Liliane.

O uso de mapas mentais, ao invés de registros lineares e desconectados, permitiu que os alunos estabelecessem conexões mais significativas entre os conceitos. “Foi gratificante ver os alunos apresentando seus mapas mentais na Feira da Educação Básica - UFMG Jovem, mostrando o quanto se apropriaram da ferramenta”, completa a professora.

SEMANA DA MATEMÁTICA: INTEGRANDO CONHECIMENTOS

Professora Valéria Souza Farias  Rio Grande (RS)Professora Valéria Souza Farias – Rio Grande (RS)

Iniciado em 2016, o projeto “Semana da Matemática” da professora Valéria Souza Farias visa celebrar o Dia Nacional da Matemática (6 de maio) por meio de atividades interdisciplinares que conectam a matemática com outras áreas do conhecimento, como história e arte. Cada edição do evento foca em uma temática diferente, com o objetivo de ampliar o entendimento dos alunos sobre a aplicação da matemática no mundo real.

Em 2024, o tema escolhido foi os doze trabalhos de Hércules, que permitiu uma imersão na cultura grega. “Trabalhamos a beleza grega por meio de mosaicos e jogos de tabuleiro, conectando a matemática com a arte e a história”, comenta Valéria.

A interação entre disciplinas é fundamental para o sucesso do projeto. Professores de português, educação física e artes colaboram em atividades que envolvem todos os alunos. Ao integrar a matemática com outras áreas do conhecimento, a professora acredita que promove-se uma visão mais holística do saber, permitindo aos estudantes compreender a relevância da disciplina em seu cotidiano.




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