O último trecho da Rota Bioceânica no Paraguai, que ainda não possui pavimentação asfáltica — os 224 quilômetros da Rota PY15 entre as cidades de Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, na fronteira com a Argentina —, está com obras aceleradas e já recebendo imprimante asfáltico, uma espécie de emulsão que liga a base do pavimento à sua camada final, segundo o Ministério de Obras Públicas y Comunicaciones (MOPC) do país vizinho.
A pavimentação no Chaco Paraguaio é uma das obras fundamentais para viabilizar o Corredor Bioceânico, também chamado de Rota da Integração Latino-Americana (RILA). O corredor é uma megaestrada que liga, pelo modal rodoviário, a costa do oceano Atlântico, no Brasil, à do Pacífico, no Chile, cruzando ainda o Paraguai e a Argentina.
Conforme o MOPC, esse segmento da Bioceânica no país, chamado de terceiro trecho, teve as obras divididas em quatro lotes, que variam de 52 a 59 quilômetros de extensão, cada um sendo executado por um consórcio ou grupo de empresas, para acelerar o andamento dos trabalhos.
Pavimentação do trecho três da Bioceânica no Paraguai foi dividido em quatro lotes para acelerar as obras — Foto: Toninho Ruiz/Arquivo Pessoal
Dos 224 quilômetros em construção, 220 quilômetros são destinados à pavimentação do corredor principal, enquanto o restante será utilizado para melhorias viárias complementares, tais como acessos, travessias urbanas e coletoras.
Além do asfaltamento da rodovia, também estão previstas melhorias viárias nas cidades de Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, como a construção de rotatórias, acessos aos aeroportos, cabines de pedágio e pesagem de veículos.
Em Pozo Hondo, na fronteira com a Argentina, será construído um centro de controle.
A execução deste projeto, financiado pelo Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), tem um investimento de US$ 354,2 milhões.
Terceiro trecho da Bioceânica no Paraguai está sendo pavimentado com recursos do Fonplata — Foto: Toninho Ruiz/Arquivo Pessoal
De acordo com o MOPC, no país, a extensão da Rota Bioceânica foi dividida em três trechos para a pavimentação. O primeiro, de Carmelo Peralta a Loma Plata, tem 277 quilômetros e já está concluído. O investimento na iniciativa foi de US$ 443 milhões.
Trecho já pavimentado da rota Bioceânica no Paraguai — Foto: MOPC/Divulgação