
Uma operação nacional de combate a crimes contra a fauna silvestre foi deflagrada na manhã desta 4ª feira (29.out.25). A Operação Libertas ocorre simultaneamente em 11 estados, incluindo Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A iniciativa integra o Projeto Libertas, coordenado pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA), com o objetivo de fortalecer a atuação institucional contra o tráfico de animais.
Em Santa Catarina, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e a Polícia Militar Ambiental (PMA) cumprem 11 mandados de busca e apreensão contra 12 pessoas. A operação no estado, que mobilizou 96 agentes, abrange as cidades de Joinville, Florianópolis, Armazém, Joaçaba, Águas Mornas, Araranguá e Brusque.
Durante as diligências, seis prisões em flagrante foram realizadas: três por porte ilegal de arma de fogo e três pelo uso de documento falso. Autoridades locais estarão à disposição da imprensa na sede do GAECO em Joinville a partir das 10h.
Em Minas Gerais, a operação coordenada pelo Ministério Público (MPMG) cumpriu mais de 40 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Duas pessoas foram presas em flagrante e cinco foram conduzidas.
As investigações apontam para um esquema que capturava animais no Norte de Minas e na Bahia, transportando-os para o interior do Rio de Janeiro. Entre os animais encontrados estão papagaios, trinca-ferros, aranhas caranguejeiras e um esquilo voador.
Na manhã desta 4ª feira (29.out.25), Ministérios Públicos, Polícias Ambientais e órgãos de fiscalização de onze estados brasileiros deflagraram a Operação Libertas. Confira o balanço geral da ação coordenada entre os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina no combate ao tráfico de animais silvestres no Brasil.
No Rio Grande do Sul, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação "Arcabouço", em ação conjunta com o IBAMA e órgãos ambientais estaduais. Foram cumpridos três mandados de busca nos municípios de Canoas e Gravataí.
A investigação, um desdobramento da Operação Arca de 2022, identificou um esquema de inserção de dados falsos no sistema SisPass para "legalizar" aves comercializadas ilegalmente. Vinte e quatro aves mantidas em cativeiro ilegal foram resgatadas.
O objetivo geral das operações é apreender materiais que comprovem os crimes e resgatar animais. Os animais resgatados serão encaminhados a Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) para reabilitação e eventual soltura na natureza.