O pastor Ulisses Batista, da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus, do Pedra 90, em Cuiabá (MT), é acusado de liderar um esquema criminoso que utilizava uma distribuidora de bebidas e uma drogaria como empresas de fachada para ocultar valores provenientes da extorsão de comerciantes em Cuiabá e Várzea Grande.
O grupo foi alvo da Operação Falso Profeta (relato oficial), deflagrada pela Polícia Civil na quinta-feira (20.mar.25). Ulisses está foragido no Rio de Janeiro.
A investigação, realizada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), revelou que a distribuidora de bebidas foi registrada em nome de um funcionário de supermercado. A drogaria, por sua vez, está registrada em nome de uma mulher, mãe de quatro filhos e beneficiária de auxílio do Governo Federal.
Durante as apurações, a polícia descobriu que a drogaria havia transferido R$ 234 mil para a conta do pastor, sem justificativa aparente. A distribuidora de bebidas também realizou transações financeiras para a facção, uma delas no valor de R$ 102.128,00.
Embora as empresas apresentem capital social de até R$ 800 mil, as investigações indicam que estão registradas em nome de pessoas com recursos limitados, o que levanta suspeitas sobre a origem do dinheiro. Além disso, durante a diligência, a polícia verificou que no endereço registrado da drogaria não havia nenhum estabelecimento físico, evidenciando a utilização irregular do CNPJ.